segunda-feira, 5 de maio de 2008

A mão que balança o pêndulo

Os olhos de ambos estavam fixos no pêndulo.
- Será que você gosta de mim?
Creme de cacau, sabonete de brigadeiro. Pontes e mais pontes e a cidade, uma devassidão de pequenas luzes tremulantes. O rio frio, o cheiro ruim.
Não se sabe que um caminho longo se faz por partes, pois desse modo dá esperança ao coração do caminhante?
O balanço do pêndulo não pára.
- Será que é gente do bem?
Difícil é carregar o peso desse olhar que marca a vida de artistas e escritores, esse peso de ver o mundo de um jeito diferente, codificável em tintas e palavras.