quinta-feira, 12 de junho de 2008

A floresta e o pai

Muitas árvores grandes, grossas, que não aceitavam ser abraçadas. Cipós, emaranhados de cipós, que formavam a rede e uniam todas as árvores do mundo!

Não dava para ver o céu. Raios de sol atravessavam as folhagens e as densas brumas da manhã.

Ele estava ali, em silêncio, comigo.

Minha filhinha corria ao meu encontro e corria de volta para as árvores. O esconde-esconde e as risadas.

Ele andava devagar, ao redor, observando.

Pai, que nunca me disse amar, mas bastava olhar nos olhos cansados de muitos livros e florestas para perceber o calor no coração, o socorro de pai na hora propícia...

Nunca mais voltei na floresta...nunca mais ele caminhou ao meu lado.

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