Eram cinco da manhã, ela corria, na neblina, sozinha...todos os dias começavam assim.
As pessoas desapareciam, sempre. Num mundo distante, que jamais poderia alcançar.
De repente um gato cortou o seu caminho naquela madrugada fria. Era cinza, era pardo, era multidão, era tudo. Ele parecia querer guiá-la a algum lugar.
Não conseguia ver bem quem ele era...a densa neblina não deixava. Sorriu, era fácil sorrir, aliviava o percurso da corrida que já estava quase no fim.
Caminharam juntos por algum tempo, depois ele adentrou floresta para além, em busca de outras aventuras. Pois o dia já estava amanhecendo e o gato e a noite precisavam ir embora.
Ela subiu, então, o morro sozinha, ofegante, mas caminhando desta vez. A vida estava mais tranqüila agora...
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