sábado, 26 de julho de 2008

Direto das Colinas de Bunker Hill

" Tinha que pensar. Não ajoelhei; sentei e fiquei olhando as vagas comendo a praia. Isso é ruim, Arturo. Você leu Nietzsche, leu Voltaire, você devia saber. Mas raciocinar não ia resolver nada. Eu podia morrer de raciocinar, mas raciocinar não estava no meu sangue. Era meu sangue que me mantinha vivo, sangue fluindo através de mim, me dizendo que estava errado. Fiquei sentado lá e me entreguei ao meu sangue, deixando que ele me carregasse nadando de volta aos fundos oceanos dos meus primórdios." (FANTE, 1987: 100).




FANTE, John.(1987) Pergunte ao pó. 3.ed. Trad. Paulo Leminski. São Paulo: Brasiliense.

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