O céu dourado, o silêncio, as àrvores quietas, o descanso.
A música doce, a música fluindo baixinha, quase um sussurro.
As roupas pingando no varal.
O cheiro do pão fresco vindo da padaria.
- Vovó!
E céu vai ficando mais vermelho, mais escuro e o tempo mais frio...
Os telhados das casas úmidos: as portas vão se fechando.
Cheiro de café.
- O que eu acho?
Acho que eu merecia ser uma coisa melhor do que sou, algo mais eu, assim a tarde fica mais leve, fica mais minha.
Num silêncio, numa quietude infinita, que me diz quem eu sou.
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