sexta-feira, 4 de julho de 2008

Pergunte ao Pó

"Outro dia, poesia!


Escreva um poema pra ela, derrame o coração em doces cadências; mas eu não sabia fazer poesia. Comigo era amor e flor, rimas, péssimas, sentimentos banais. Oh Meu Jesus, não sou escritor coisa nenhuma: não consigo nem criar uma quadrinha, eu não presto pra nada. Parei na frente da janela e levantei as mãos para o céu; bom pra nada, só uma farsa barata; nem escritor nem amante; nem carne nem peixe.


Mas qual era o problema?"


FANTE, John.(1983) Pergunte ao pó. Trad. Paulo Leminski.3 ed. São Paulo: Brasiliense.

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